Dia Nacional do Combate ao Alcoolismo (18/02) e Dia Nacional de combate às Drogas e Alcoolismo (20/02) também são comemorados no mês de fevereiro e servem como alerta
Para alguns, dias de descanso. Para outros, dias de muita curtição. É neste clima que o Carnaval começa a dar as caras no Brasil depois de dois anos sem acontecer a famosa festa carnavalesca que altera a agenda não apenas do país, mas sim do mundo. No entanto, muitas pessoas usam essa data como forma de “escape” para esquecer dos problemas usando substâncias químicas.
“Estas festividades trazem com elas propagandas de incentivo ao uso, como por exemplo as campanhas de bebidas. Muitas pessoas usam as drogas durante o Carnaval para potencializar o prazer. Elas se sentem mais à vontade para fazer coisas que nunca fizeram antes. Durante o uso, o corpo produz sensações de euforia e desinibição. Além disso, a maioria das substâncias diminui o sono e aumenta a disposição física”, explica Paulo Pacheco, Educador Físico e Pós-Graduado em Dependência Química e Promoção da Saúde e Consultor em Dependência Química do Centro Vida Araricá.
Entre os principais consumos estão o álcool, tabaco, maconha, cocaína, inalantes como lança-perfume, ecstasy e LSD. “Podemos destacar alguns sintomas durante e depois do uso destas drogas como euforia, prazer intenso, agitação, sensação de poder, aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, distorção da realidade, impulsividade, desinibição. As pupilas ficam dilatadas, olhos vermelhos, agitação, alegria extema, perda do juízo crítico, os reflexos motores ficam prejudicados e algumas pessoas podem ficar agressivas”, revela Pacheco.
O Centro Vida de Araricá é uma clínica de reabilitação de mais de 40 mil metros para homens portadores de Transtorno por Uso de Substâncias (TUS), e uma das poucas no Rio Grande do Sul que não fazem uso do cigarro durante o tratamento. No Instagram da clínica, é possível acompanhar diariamente dicas de como lidar com o dependente e os sintomas de uma possível dependência química.
Caso a família ou os amigos desconfiem de que a pessoa esteja passando mal após o uso de alguma destas substâncias, a primeira coisa a se fazer é fazer uma avaliação através de sinais e de perguntas do que a pessoa está sentindo. Depois encaminhá-la ao posto de saúde mais próximo”, finaliza o consultor.