Participam 11 artistas, entre eles o americano Obey, um dos mais influentes do mundo que fará dois painéis no Largo da Batata, além de outros nomes brasileiros de grande peso no cenário artístico como Bicicleta Sem Freio, Zéh Palito e Verena Smit que vão espalhar obras também pelos bairros de Pinheiros e Faria Lima

São Paulo, setembro de 2021 – De um lado, a tinta cinza remete às vozes e cores caladas nas ruas de São Paulo. Do outro, painéis tomados pela arte urbana se misturam com a paisagem do espaço público em um dos endereços com maior fluxo de pedestres da capital. A 2º edição do NaLata Festival Internacional de Arte Urbana começa hoje, 20 de setembro, no Largo da Batata, Faria Lima e no bairro de Pinheiros e reunirá nomes emergentes e já consagrados da arte de rua em todo o mundo com objetivos comuns: transformar a cidade e ressignificar os espaços. Realizado pela Agência InHaus e com idealização e curadoria de Luan Cardoso, o NaLata Festival terá a participação de 11 artistas nacionais e internacionais e nesta edição contará com o patrocínio do QuintoAndar, Tiger, Suvinil, One, Iguatemi, TNT e Mundie e Advogados.

Pela primeira vez no Brasil, o artista americano Shepard Fairey, conhecido como Obey, um dos mais influentes e reconhecidos em todo o mundo, estará presente no NaLata Festival com dois painéis no Largo da Batata, os maiores desta edição. É dele o cartaz com o rosto do ex-presidente Barack Obama e a palavra “HOPE”, que viralizou em 2008 durante as eleições americanas, além de capas de discos de bandas como The Black Eyed Peas, The Smashing Pumpkins, Led Zeppelin e obras com os rostos de Nelson Mandela e do músico Johnny Cash.

Outro destaque é Jason Peters, que será responsável pela primeira escultura desta segunda edição do NaLata Festival. As obras que constrói raramente são transportadas para outro local de exibição, o que as torna únicas. É conhecido por criar espaços ilusórios e realidades alternativas com suas obras. Peters acumula grandes quantidades de objetos descartados da vida cotidiana que ele então reconfigura de maneiras surpreendentemente inesperadas.

O NaLata Festival terá ainda obras do ícone da arte de rua de Nova Iorque, o artista Doze Green, que criou um estilo único inspirando a geração da cultura hip-hop e cujo trabalho traz influências da caligrafia japonesa e do cubismo. Participou da geração de Warhol, Haring e Basquiat, foi integrante do lendário The Rock Steady Crew, criador de um novo estilo de dança, conhecido como Breaking. É conhecido também pela produção da capa do álbum “Lado B Lado A” do grupo O Rappa.

Formada pelos espanhóis Juan Antônio e Álvaro, a dupla PichiAvo é reconhecida pela habilidade em criar conexões entre pintura e escultura em ambientes urbanos. Realizou projetos em alguns dos principais espaços da arte urbana internacional, como Wynwood Walls (2015) e o Hard Rock Stadium (2016), ambos em Miami e ainda no Houston Bowery Wall em Nova York (2017).

A dupla Dourone, que já espalhou murais em Los Angeles, Miami, Paris, Amsterdã, Kiev e Joanesburgo, expressa nos desenhos a adaptação da espécie humana a um planeta que não é mais o mesmo.

Obra de Dourone/AUDREY 00:00,02 em Rotterdam, Holanda/Imagem cortesia de Dourone

Brasileiros


Entre os nomes brasileiros, com uma linguagem visual única, Finok discute as relações entre a sociedade e os valores sociais através de figuras incorporadas a subculturas, como pipas e balões. Tem trabalhos nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, Portugal, Líbano, Rússia, Chile e Reino Unido.

Zéh Palito integra respeito e prazer mútuo entre os seres humanos e o mundo natural, inspirando-se nas culturas brasileira e africana. Os vibrantes murais do artista apresentam paisagens fantásticas onde humanos, animais e plantas coexistem em harmonia dinâmica. Por meio de mudanças dramáticas de escala e um uso altamente saturado de cores, Zéh Palito propõe uma visão utópica maravilhosa para o futuro.

Inspirados por ilustrações de rock e pôsteres, o duo Bicicleta Sem Freio formado pelos ilustradores Douglas de Castro e Renato Reno, também participa do NaLata Festival. Entre as cidades que já receberam as obras dos brasileiros estão Londres, Berlim, Hong Kong, Miami, Las Vegas, Montreal ou Los Angeles, Portugal e Jerusalém.

Nascida e criada em São Paulo, Verena Smit possui trabalhos em coleções particulares nacionais e internacionais. Participou da residência artística Annex B em Nova York onde fez sua primeira exposição individual em 2018. Entre os anos de 2019 e 2021 fez uma série de trabalhos instalativos em espaços públicos e privados como o CCSP, metrô São Bento, Marginal Pinheiros, Rua Augusta e Anhangabaú.

Duas artistas vão pintar as primeiras empenas da carreira no NaLata Festival. Heloisa Hariadne é motivada pela relação humana com a natureza, buscando inspiração em si mesma para seus projetos. A artista gosta de pensar a pintura como uma possibilidade de trabalhar um emocional dos retratos, compondo um imaginário do corpo que questiona ele mesmo e seus espaços.

Já Kika Carvalho materializa sua arte em diferentes suportes, técnicas e escalas, tendo como base a cor azul. Foi a primeira mulher de destaque a pintar os muros de Vitória (ES) e uma das responsáveis pela construção da cena local, com trabalhos em diferentes cidades do país.

Painel de Finok/Imagem cortesia de Finok

No Largo da Batata

O Festival entrega um legado cultural para a cidade, criando um novo eixo de turismo, lazer e cultura. Os artistas envolvidos no NaLata Festival e a dimensão do evento, destacam São Paulo como um dos principais pontos do cenário mundial de muralismo.

Já as ativações dos patrocinadores ocorrem na casa NaLata, localizada no Largo da Batata, onde a Tiger, cerveja puro malte que chega ao Brasil, vai contar com um bar exclusivo. Também no Largo, o QuintoAndar ocupará a torre de contâiners com a personalização de quatros andares que reforçam a ideia de moradia e as diferentes histórias existentes em cada andar de um prédio, ainda que a estrutura seja a mesma. O espaço receberá visitas do público.

A região ainda contará com a maior escultura já produzida pelo artista Jason Peters, em colaboração com o coletivo brasileiro Rizomatique.

“O NaLata vem mais uma vez propor uma ocupação visual do espaço público, trazendo um novo significado destes locais por onde passamos todos os dias. Queremos que as pessoas vivenciem uma experiência cultural em um espaço aberto. Acreditamos na arte como uma importante ferramenta de transformação e engajamento. Trazer estes nomes como estes para o Brasil tem uma relevância histórica”, comenta Luan Cardoso, sócio e curador.

“O NaLata mostra na prática como conectar pessoas por meio da arte. São mensagens visuais que carregam um forte simbolismo e legado cultural para a cidade de São Paulo”, explica Juliano Libman, sócio da agência InHaus. “O Festival torna o bairro de Pinheiros e o Largo da Batata, assim como a região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, um roteiro imperdível para quem quer aproveitar a cidade. É um evento convidativo, gratuito e desperta a curiosidade”, complementa Luiz Restiffe, também sócio da InHaus.

Sobre NaLata Festival

Idealizado e curado por Luan Cardoso, com produção e realização da InHaus, comandada por Juliano Libman e Luiz Restiffe, o NaLata Festival Internacional de Arte Urbana traz para a população paulistana a oportunidade da vivência da arte, por meio de obras de muralistas importantes da cena do grafite mundial. Esta edição tem o patrocínio da QuintoAndar, Tiger, Suvinil, One, Iguatemi, TNT e Mundie e Advogados, e apoio da Triton e do Consulado-Geral da França em São Paulo.

Os interessados podem acompanhar a cobertura do festival pela internet no site nalatafestival.com.br ou no perfil no Instagram @nalata.festival .

Serviço

Casa NaLata
Endereço: Rua Fernão Dias, 682

Horário de funcionamento: 14:00 às 23:00, de quarta a sábado, e domingo das 12:00 às 21:00

Entrada gratuita

*Horários sujeitos a alterações

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