Fomos visitar a Fider Pescados, em Rifaina, para conhecer de perto seus rigorosos controles para suas expansões
A questão ecológica e social tem sido amplamente discutida nas últimas décadas, demonstrando que atualmente tanto a conservação do meio ambiente como a eqüidade social são temas prioritários em todo o mundo. Principalmente em função da globalização dos mercados, consolida-se a necessidade da adequação das mais diferentes atividades produtivas, inclusive as agrícolas, tanto sob o ponto de vista ecológico como social.
Na piscicultura, algumas questões ambientais precisam ser respeitadas, e principalmente, os parâmetros de qualidade da água, especificados pela legislação brasileira. Também é preciso que a qualidade dos efluentes gerados não impactem o meio.
Fomos visitar a Fider Pescados, em Rifaina, para conhecer de perto estes rigorosos controles para que suas expansões e licenças estejam dentro de todos requisitos necessários. Nota-se que existem várias exigências técnicas que a empresa precisa cumprir junto a CETESB. Em especial, o Plano de Monitoramento da Qualidade das Águas e Sedimentos que é realizado duas vezes ao ano, seguindo a resolução SMA Nº 32 do artigo 3º de 28/03/2016.
A Fider, realiza na represa de Jaguara duas campanhas ao ano: sendo uma no verão (entre janeiro e março) e, outra, no inverno (entre junho e agosto).
Os resíduos orgânicos, ou seja, peixes mortos, são coletados e destinados adequadamente por uma empresa terceirizada e especializada nos processos socioambientais e corrobora com requisitos legais de preservação do meio ambiente. Além disso, os cuidados com o ecossistema instalado no Município de Interesse Turístico contempla irrigação inteligente de seus jardins com reuso da água, bem como, outorga certificada pelo DAEE para uso de poço artesiano.
Em março deste ano a unidade frigorífica da Fider Pescados recebeu a certificação BAP (Best Aquaculture Practices) traduzindo, Boas Práticas de Aquicultura. É um dos sistemas de certificação que garante a sustentabilidade dos produtos da aquicultura. Assim, a unidade em Rifaina passa figurar no seleto grupo de unidades certificadas para tilápia no mundo.
O grupo, em sua unidade de negócios em Rifaina, mantém um rígido controle de qualidade, além de todas as licenças, outorgas e concessões do uso do lago artificial de Jaguara, constituído na década de 70 com a construção da hidrelétrica de Jaguara.
O lago artificial formado apresenta um espelho d’água da ordem de 33 km2, com águas de baixa turbidez, que propicia a prática de esportes náuticos, pesca esportiva, mergulho arqueológico e de recreação. Suas margens são pouco florestadas, salvo em trechos mais íngremes, onde podem ser encontrados fragmentos florestais menos degradados, que funcionam como nichos de diversos exemplares da fauna silvestre.
A qualidade da água de um viveiro é influenciada por fatores internos e externos tais como: fonte da água, características do solo, clima, manejo alimentar, tipo da alimentação. Os principais parâmetros de qualidade de água a serem monitorados na piscicultura destacam-se: pH, oxigênio dissolvido, alcalinidade , dureza, CO2, nitrito, amônia, nutrientes (nitrogênio e fósforo)
O conhecimento da digestibilidade dos animais, tanto para energia quanto nutrientes é fundamental não só para qualidade da água, quanto para evitar custos e perdas desnecessárias. Ou seja, a qualidade da água é fator predominante para qualidade do pescado.
A tilápia produzida em Rifaina já é distribuída em mais de 1.000 pontos de venda no Brasil e já começou a trilhar sua estrada no mercado norte americano com filés frescos enviados semanalmente. Da tilápia não se aproveita apenas o filé, já saíram de Rifaina, para o Japão e Indonésia, containers de pele congelada e escamas secas. Além disso, em menos de 6 meses será inaugurada uma moderna fábrica para obtenção de farinha e óleo, oriundos das carcaças dos peixes.
Como já disse Lavoisier: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” e por meio dessas palavras é possível hoje se pôr a pensar bastante sobre o significado dela. Assim, o ecossistema da Fider conecta-se com o uso sustentável dos recursos naturais, contribui com a economia local gerando renda e emprego, são mais de 400 funcionários diretos, e cerca de 1000 indiretos. Além disso, o Grupo Mcassab e Fider Pescados mantém ativa suas contrapartidas sociais, apoiado projetos de assistência social, inovação e gastronomia. Participa efetivamente de projetos socioambientais e culturais no município de Rifaina.
Para o Gerente da Unidade de Negócios, Juliano Kubitza o produto de excelência entregue ao cliente é apenas a etapa final de um processo altamente monitorado e controlado em todos os seus aspectos.